Histórias de astrónomos amadores (Parte 1)

► coordenação de Guilherme de Almeida

Os astrónomos amadores passam por situações invulgares, ocorrências inacreditáveis, imprevisíveis ou insólitas. E também por alguns sustos. Há ainda casos humorísticos, onde a graça está sempre nas situações e não nas pessoas envolvidas. Estas pequenas histórias ocorrem nas Astrofestas e em outros eventos, nas observações astronómicas (pessoais e públicas), durante a construção de telescópios e em muitas outras circunstâncias. Contadas por quem as viveu, são interessantes para partilhar e constituem uma componente importante do que é viver e sentir a Astronomia.

Ver mais

Primeiros resultados da observação de Marte 2003

por Ricardo Nunes e Paulo Coelho

A secção planetária da APAA foi criada com o intuito de promover e divulgar as observações planetárias entre os amadores nacionais. Aproveitando a presente oposição de Marte, insistiu-se na recolha de imagens desse planeta e sua colocação numa galeria on-line. Ao contrário de outras iniciativas do género, em que são criados endereços de e-mail ou listas próprias para o envio e recepção de imagens, optou-se por uma postura pró-activa, contactando directamente os autores das imagens. Deste modo, contamos com as contribuições de 16 astrofotógrafos e reunimos um total de quase 110 observações de Marte, entre os meses de Março e Setembro. Diga-se que estas observações são na sua grande maioria de boa qualidade e permitem-nos seguir a evolução do planeta ao longo do tempo. Estas imagens serviram para efectuar mapas mensais de albedos marcianos e mapas polares da calote Sul, evidenciando o seu recuo e evolução. Este fenómeno, devido à sublimação do gelo seco marciano e também a alguma evaporação de agua, leva a um aumento da atmosfera marciana, potenciando alguns fenómenos interessantes de seguir em Marte, como foram as duas tempestades de areia de dimensão regional que evoluíram no mês de Junho (a primeira na região de Hellas e a segunda em Chryse).

Ver mais

Episódios e quotidianos sobre a vida e obra de Carlos Mar Bettencourt Faria

por: Luis Filipe Bettencourt

Mensagens de Deus.
Um certo sábado à tarde, quando um grupo de excursionistas visitava o Museu da Mulemba, vindo do interior de Angola, um indivíduo de cabelo grisalho com colarinho de padre, depois de ver atentamente as vastas vitrinas de instrumentos em pedra lascada, fósseis, minerais e cristais de rocha, disse ver ali muita coisa interessante, mas ele tinha uma rocha que mais ninguém tinha no Mundo. Abrindo a caixa de sapatos, que trazia debaixo do braço, monopolizando a atenção e curiosidade do grupo, retirou cuidadosamente uma pedra queimada, do tamanho de uma mão fechada. “Esta é para o Museu porque tenho lá mais” disse orgulhosamente. Tratavase de um belo exemplar dos restos de um meteorito

Ver mais

Charles Messier e o seu famoso catálogo

Pedro Ré

Charles Messier nasceu em Badonvillier, na França em 26 de Junho de 1730. Desde cedo manisfestou interesse pela astronomia após ter observado, apenas com 14 anos de idade, um brilhante cometa que exibia 6 caudas distintas. Este interesse intensificou-se após a observação de um eclipse solar visível da sua cidade natal, em 1748.

Ver mais

Charles Messier e a sua obra

por: Guilherme de Almeida

1 CHARLES MESSIER E A SUA OBRA Guilherme de Almeida Charles Joseph Messier nasceu na cidade de Badonvillier, na Lorena, em 26 de Junho de 1730. Aos vinte e um anos foi para Paris, sendo admitido como desenhador e discípulo pelo astrónomo Joseph-Nicolas Delisle (1688-1768). Rapidamente se fez notar pela qualidade das suas observações astronómicas e pelos registos que delas obtinha.

Ver mais

Telescópios utilizados pelos astrónomos amadores portugueses

por: Guilherme de Almeida e Fernando Delgado

O entusiasmo pela Astronomia tem crescido continuamente em Portugal. No nosso país estão disponíveis largas dezenas modelos de telescópios para amadores. É grande a oferta quer em aberturas (que se estendem de 60 mm a mais de 400 mm) quer em configurações ópticas (refractores de todos os tipos, telescópios de Newton, Schmidt-Cassegrain, Maksutov-Cassegrain, Schmidt-Newton, Maksutov-Newton e os telescópios reflectores de Cassegrain nas suas diversas variantes. O mercado é amplo e tem sido intensificado pelo aparecimento de pequenas empresas dedicadas ao ramo, que têm à sua frente pessoas sabedoras e interessadas, capazes de conhecer bem o que vendem e até de dar bons conselhos aos potenciais compradores. Já existem cá telescópios sofisticados, até há pouco tempo só conhecidos pelas fotografias publicadas nas revistas estrangeiras. Por outro lado, a resistência inicial que os telescópios Dobson (telescópios de Newton utilizando uma montagem simples mas eficaz e intuitiva) despertaram desvaneceu-se e há agora entre nós muitos adeptos incondicionais destes telescópios de uso simples e directo, autênticos “todo-o-terreno” dos céus

Ver mais

Observatórios de Astrónomos Amadores (Tectos de Correr)

Pedro Ré

Para a maioria das pessoas um observatório astronómico é habitualmente associado a uma cúpula construída num local de difícil acesso e com uma poluição luminosa muito reduzida. Se isso é verdadeiro no caso dos observatórios astronómicos operados por astrónomos profissionais, os astrónomos amadores têm de recorrer a outro tipo de estratégias para construir os seus observatórios.

Ver mais

6.º Encontro de Astrónomos Amadores realizado no Colégio Militar

Por: Pedro Ré e Guilherme de Almeida

Decorreu no dia 22 de Abril de 2006, nas instalações do Colégio Militar (CM), em Lisboa, o 6º Encontro de Astrónomos Amadores (6.º EAA) organizado pela Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores (APAA). O referido encontro surge na sequência de quatro anteriores, realizados em 1999 (Faro, Parque Natural da Ria Formosa, 20/21 de Março), 2001 (Sta. Maria da Feira, Visionarium, 24/25 de Março), 2003 (Avis, Auditório Municipal, 26/27 de Abril) e 2005 (Colégio Militar, Lisboa, 30 de Abril). Todos os encontros foram subordinados ao mesmo tema unificador “Astronomia de Amadores em Portugal”.

Ver mais

O que é o centro de massa?

Por: Guilherme de Almeida
Diz-se frequentemente que as estrelas duplas orbitam em torno do seu centro de massa (CM) comum. A
Terra e a Lua orbitam em torno do centro de massa respectivo, etc. Afinal, o que é o centro de massa de um
sistema de “corpos”?. Farei alguma considerações justificativas, mas os leitores que não queiram seguir todos
os passos podem reter as conclusões. Simplifiquemos para o caso de 2 corpos apenas. Admitamos ainda que
são ambos esféricos e homogéneos ou, pelo menos, constituídos por camadas homogéneas (podendo cada
camada ter densidade diferente das outras). Nestas condições a distribuição de massa é equilibrada
simetricamente em relação ao centro de cada esfera.

Ver mais

Livros Antigos de Astronomia na Biblioteca do Colégio Militar

Livros antigos de Astronomia existentes no acervo da Biblioteca do Colégio Militar
por:
Guilherme de Almeida

Criado em 1803, o Colégio Militar (CM) comemorou recentemente 206 anos de actividade. Ao longo de todos estes anos, mercê de alguns espíritos mais esclarecidos, a sua Biblioteca acumulou obras de grande valor, embora a existência de muitas delas seja desconhecida dos estudiosos desta temática e de outro público interessado.

Ver mais