Evite danificar os tubos das oculares

Guilherme de Almeida

Para fixar as oculares, os espelhos diagonais e as lentes de Barlow aos tubos porta-oculares dos telescópios existe geralmente um pequeno parafuso, de aperto manual, situado de um dos lados desse tubo (parafuso de fixação de acessórios).
Apertando moderadamente o parafuso de fixação, depois de se ter inserido um dos acessórios anteriormente referidos, evita-se que esse acessório caia se o porta oculares ficar voltado para baixo. Essa orientação do porta-oculares é frequente na utilização dos telescópios, e por isso (fala a experiência) não nos devemos esquecer de apertar esse parafuso, o suficiente para que o acessório não sofra quedas desastrosas.
Pela mesma razão, os acessórios onde se montam oculares (espelhos diagonais, prismas diagonais, prismas erectores e lentes de Barlow) também têm esses parafusos de fixação, como é sabido.

Ver mais

O problema da condensação de humidade nas superfícies ópticas: o ponto de orvalho

O problema da condensação de humidade nas superfícies ópticas: o ponto de orvalho
Guilherme de Almeida

Quem é que, ao ar livre, não ficou aborrecido alguma vez ao ver que as imagens observadas  através o seu telescópio perderam contraste e as estrelas passaram a ser “adornadas” com uma auréola difusa ? É a condensação da humidade atmosférica nas superfícies ópticas frias: um fenómeno natural, mas aborrecido……

Ver mais

O problema dos equipamentos de óptica guardados: o desenvolvimento de fungos

Guilherme de Almeida

Parece sensato guardar equipamentos de óptica bem fechados, hermeticamente fechados se
possível. No entanto, quem o fez, por vezes arrependeu-se amargamente. Veio a encontrar mais
tarde o equipamento com um cheiro a mofo bem evidente. Uma observação atenta mostra que
as lentes, vistas contra a luz, aparentam um padrão reticulado e característico, parecido com
teias de aranha ou com traços aleatórios. Pensa-se que é sujidade, limpa-se, e as coisas em
geral não melhoram. Na maior parte dos casos o problema é detectado demasiado tarde, já num
estado irreversível. Isto soa a assunto familiar (com más recordações) para alguns leitores, mas
parecerá novidade a outros. Prevenir é a melhor das soluções.

Ver mais

A interacção olho-ocular: o afastamento da pupila de saída e a posição de observação

Guilherme de Almeida

Neste artigo abordam-se alguns dados úteis sobre o conceito de afastamento da pupila de saída (ou relevo ocular) e apresentam-se algumas conclusões eventualmente inesperadas sobre a prática deste mesmo conceito. Na primeira parte definirei o conceito de pupila de saída; na segunda parte procurarei apresentar termos consagrados e utilizáveis em alternativa a nomes menos felizes que por vezes se utilizam; na terceira parte apresentarei conclusões sobre um facto pouco conhecido mas de consequências interessantes na observação visual da Lua e dos planetas.

Ver mais

Quando a Lua oculta o Sol

Quando a Lua oculta o Sol
Guilherme de Almeida

Este artigo apresenta algumas considerações sobre os eclipses do Sol, em geral, e documenta o eclipse anular ocorrido em 3 de Outubro último, com imagens do fenómeno obtidas pelo autor.

Os eclipses do Sol e as luas-novas
O diâmetro do Sol é cerca de 400 vezes maior do que o diâmetro da Lua. Tal circunstância poderia ser banal se não houvesse uma coincidência curiosa e incrível: o Sol está, em média, cerca de 400 vezes mais distante de nós que a Lua. Desta coincidência espantosa resulta o facto e ambos os astros, vistos da terra apresentarem o mesmo tamanho aparente: cerca de 0,5º.

ver mais

O ABC das câmaras CCD

Pedro Ré

aparecimento recente de câmaras CCD1 refrigeradas e não refrigeradas tem vindo a revolucionar as técnicas de obtenção de imagens astronómicas. Estes dispositivos foram desenvolvidos pela primeira vez em 1970 nos Laboratórios Bell por W. Boyle e G. Smith.
Os sensores ou detectores CCD são constituídos por uma superfície sólida sensível à luz, dotada de circuitos que permitem ler e armazenar electronicamente imagens digitais. O conjunto formado pelo detector CCD, circuitos electrónicos, sistema de refrigeração e suporte mecânico constituem uma câmara CCD

Ver mais

Uma sessão de observação e obtenção de imagens CCD do Céu Profundo

Pedro Ré

De um modo geral podemos resumir em somente dois pontos as enormes vantagens que as câmaras CCD têm relativamente às emulsões fotográficas: 1) conseguem registar até 90% dos fotões incidentes (elevada eficiência quântica) contrariamente às emulsões fotográficas que apenas registam 2 a 5%;
2) não apresentam uma falha de reciprocidade, isto é, o seu sinal de saída, “output”, é quase directamente proporcional aos fotões incidentes (linearidade quase perfeita). Isto significa que se podem obter imagens de objectos do céu profundo em poucos minutos ao contrário do que sucede se utilizarmos emulsões fotográficas, que requerem dezenas de minutos ou mesmo horas.

Ver mais